sábado, 26 de fevereiro de 2011



M.Dikaior - Oficina de Desenho de MODA

O Curso de Desenho para Moda da M . Dikaior, tem como objetivo permitir através do ensino do desenho, suas técnicas e fundamentos, que o aluno consiga expressar sua criatividade claramente e apresente sua criação com estilo, estética agradável e identidade.


Técnicas de Desenho para Estudantes e Profissionais da MODA.

A Oficina de Desenho M.Dikaior oferece em Altamira seu Curso de Desenho para Moda, em que oferece todo o conteúdo programático e técnicas necessárias para desenvolver seu traço e estilo, para oferecer o máximo de recursos para o aluno ter bom êxito.

A Oficina de Desenho disponibiliza a todos os profissionais e estudantes de Moda técnicas mais apuradas para a apresentação de seus trabalhos.
Dentro do Curso de Modas disponibilizamos técnicas para o aperfeiçoamento e aprendizado de:

· Anatomia

· Perspectiva

· Textura

· Composição Artística

· Ilustração de Moda e Design

A boa apresentação dos trabalhos e a destreza no desenho são fundamentais para uma carreira bem sucedida como estilista, designer ou ilustrador de Moda.
A prática leva à perfeição, mas a prática bem direcionada leva à EXCELÊNCIA.
Otimize sua produção e destaque-se no mercado.

Junte-se a nós.

EMAIL: deko.designer@hotmail.com

Ateliê de costura: personalização é o diferencial


Investimento inicial para criar e confeccionar roupas vai de R$ 6 mil a R$ 15 mil

A moda sempre foi negócio, afirmou em entrevista o estilista Alexandre Herchcovitch. Mas, se no passado, era possível manter um ateliê confeccionando apenas roupas sob medida, hoje é necessário criar o produto e personalizá-lo de acordo com o mercado consumidor, avaliou o profissional. Empresários que atuam nesse mercado assinam embaixo a tese do estilista, completando que para abrir um ateliê de costura é necessário investimento de R$ 6 mil a R$ 15 mil.

Gerente do Centro e Tecnologia em Moda do Senac-Rio, Ana Lavaquial avalia que o setor vem sendo estimulado por diversos fatores no País. Tecidos com padrão internacional voltaram a ser fornecidos pela indústria têxtil brasileira, como resultado da política de investimentos da década de 90. Além disso, roupas importadas - que ameaçavam com forte concorrência, por causa dos preços baixos - estão perdendo espaço, tanto em conseqüência do dólar baixo quanto pela questão da qualidade do produto. Pequenos e médios ateliês, na contramão, já começaram a exportar para Europa e Estados Unidos.

A consultora acrescenta, no entanto, que para abrir um ateliê não basta ter talento, é preciso buscar conhecimento sobre o negócio, desde informações do mercado até o formato de gestão para esse tipo de empresa. Definir uma linha de criação e prezar pelas características artesanais do produto são algumas das medidas que fazem a diferença no setor, segundo especialistas.

A moda feminina é um dos segmentos mais escolhidos pelos empresários principalmente devido à grande demanda. Trabalhar com moda infantil e teen também é opção considerada promissora para os ateliês. Numa área entre 20 e 80 metros quadrados, dependendo da estrutura, é possível montar um negócio. As principais máquinas necessárias são industriais. Mas é recomendado ter, pelo menos, um equipamento doméstico para adaptar acessórios, pregar botões e zíperes ou casear, não esquecendo dos móveis e equipamentos do escritório.

Com formação acadêmica em Ciências Sociais e Comunicação Social, Cacau D´arcy bebeu na fonte de duas estilistas de renome antes de começar carreira solo no mundo da costura. A estilista, que durante cinco anos foi assistente de Isabela Capeto e Lenny Niemeyer, dois nomes fortes na moda do Rio, aplicou o know-how, adquirido nesse período em direção ainda pouco explorada pelos ateliês: a moda infantil. Hoje, num quarto de 20 metros quadrados no próprio apartamento no Jardim Botânico, ela cria e produz calças, camisas e macacões para criança de até 4 anos.

"Quando minha filha nasceu, senti que era hora de atuar nessa linha infantil, com a qual sempre tive afinidade. Além disso, já tinha a consciência que poderia trabalhar com o exclusivo por esse público não estar preso a nenhuma tendência. Optei por esse formato porque é possível usar o lúdico e conseguir individualidade", defende a empresária, que inaugurou em outubro passado o Atelier do Bebê.

Cacau uniu a experiência, a técnica e o espírito empreendedor e, pouco a pouco, está conquistando espaço. Em janeiro, a primeira coleção rendeu 70 peças, com preços que vão de R$ 70 a R$ 400. A estilista cria os modelos e coordena o trabalho de uma costureira e uma bordadeira, que trabalham como freelancer em dias alternados no quarto-ateliê. Como ainda não tem capital de giro para comprar a matéria-prima em grande escala, a estilista adquire sobras de tecido na fábrica Nova América, na Baixada Fluminense. "Dessa forma, consigo um preço muito bom pela matéria-prima sem perder a qualidade", reforça.

Ana, do Senac-Rio, reforça que é fundamental buscar uma identidade para a marca. Porque é isso, segundo a gerente, que é o diferencial em relação ao mercado que visa apenas à produção em escala. "O Alexandre Herchcovitch percebe a moda em todos os pontos, isto é, na alta-costura e no universo comercial. Ele personaliza a roupa e paralelamente transforma a produção em negócio. Para cada roupa personalizada são necessárias 10 peças comerciais para se manter no mercado. Isso gera volume para sustentação", avalia a consultora do Senac-Rio, que oferece cursos técnicos e consultoria para área de moda. Por isso, esse segmento é mais difícil do que se parece, complementa a especialista.

A base do negócio normalmente é montada por um estilista que, muitas vezes, começa a produção em casa. A clientela em geral é formada primeiro por parentes e amigos e, em seguida, por indicações. Em muitas situações os clientes se tornam principal fonte de informações para mudanças na gestão, seja no atendimento ou na criação.

Espaços alternativos são vitrine para ateliês
No Rio, os espaços alternativos como a Feira Hype costumam ser vitrine para apresentar as marcas ao público. Em São Paulo, com o fim do Mercado Mundo Mix, os showrooms permanentes e eventos realizados dentro de hotéis próximo a realização do São Paulo Fashion Week passaram a ser opções para quem está se lançando no mercado. A capital mineira, berço de vários estilistas, praticamente não tem áreas alternativas para exposição, depois que o Belo Horizonte Fashion Week acabou na década de 90.

Desde os 16 anos respirando moda, quando se tornou modelo e desfilou no Brasil e exterior, a carioca Layana Thomaz foi aos poucos assumindo o trabalho de produção e hoje está à frente de um ateliê num sobrado dos anos 30, também no Jardim Botânico. A estilista, que no início usava a marca Vista Roupa Meu Bem, hoje adota o próprio nome e já produz até 700 peças por coleção para várias lojas multimarcas do Rio. Recentemente começou a exportar para Espanha, que tem sido um dos países mais receptivos para a moda brasileira.

"Tem muita gente que ainda terceiriza toda a produção. Mas poder controlar o trabalho por inteiro acaba trazendo mais qualidade para o produto final. Por isso, chamo a minha empresa de ateliê", salienta a empresária, que abriu o ateliê há três anos. Layana recorre a confecções independentes, principalmente cooperativas, apenas quando o volume da produção cresce. Apesar ter um ateliê de pequeno porte, Layana já participou de dois desfiles do Fashion Rio, evento oficial da moda no Rio de Janeiro.

Outro que consumiu, desde cedo, tecidos, linhas, moldes e tudo que envolve criação na moda foi o mineiro Victor Dzenk. Em 1986, aos 15 anos, o adolescente já observava a mãe confeccionar os vestidos da época. Há 20 anos no ramo, o estilista diz que o interesse pela moda está no sangue da família. O avô era dono de uma indústria têxtil. Instalado no Gutierrez, tradicional bairro de Belo Horizonte, Dzenk aprofundou seus conhecimentos trabalhando para várias grifes de Minas Gerais. Durante dois anos, no início da década de 90, a técnica e a visão de mercado foram aprimoradas no Esmod Paris - a escola de moda mais tradicional da França.

"Minhas peças pretendem valorizar o corpo feminino. Trabalho muito com malha e seda nos vestidos. São tecidos feitos para explorar o desenho do corpo da mulher. O vestido corresponde a 80% do meu trabalho e o restante dedico a blusas e saias", define o estilista mineiro, que já tem suas peças vendidas em Lisboa, Madri, Nova Iorque e, em breve, no México. Para Dzenk, nesse ramo o empreendedor precisa escolher um produto e se fazer conhecido por ele. "Se o estilista se especializar em produzir vestidos, ele deve manter essa linha e não ficar variando a confecção do produto", acrescenta.

Nos Jardins, em São Paulo, Patrícia Toledo e Renée Kalmus fundaram no ano passado o ateliê As Duas. A idéia surgiu depois que as sócias começaram a confeccionar roupas para uso pessoal. "Com o tempo, várias amigas passaram a comprar o que a gente criava. No ano passado, percebemos que era hora de criar o nosso espaço", conta Patrícia, que, assim como a sócia, passou por várias grifes famosas, e também se formou em estilismo na Esmod Paris. Num sobrado de 120 metros quadrados, a dupla de estilistas usa o andar de cima para criação e o primeiro piso como showroom. "Conseguimos faturamento bruto de R$ 20 mil, mas a maior parte do que ganhamos é investido na empresa. Esse mercado é muito instável porque as primeiras coisas que o consumidor corta quando a situação está difícil são os itens de vestuário", finaliza.

Para Francisco Barone, professor de novos negócios da Fundação Getulio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-Rio), o risco do negócio é baixo, pelo valor do investimento inicial e pelo fato da clientela - em grande parte de classe média e alta - demandar produtos exclusivos.

Raio X - Ateliê de costura

Investimento inicial: R$ 6 mil a R$ 15 mil
Faturamento médio mensal: varia de acordo com a produção
Margem de lucro sugerida: de 30% a 50%
Retorno do investimento: 12 meses
Número de funcionários: de 2 a 4
Área: 20 metros quadrados a 80 metros quadrados
Risco: baixo, na avaliação de Francisco Barone, professor da FGV-Rio.

Moda e beleza ainda são bons negócios!!!

No embalo do crescimento da indústria têxtil e confecção, o segmento de moda também passou a ser uma vitrine de boas oportunidades e, portanto, a atrair empreendedores. Os caminhos para o sucesso são muitos, como lojas de roupas e acessórios, ateliês, consultoria de moda, e agências de pesquisas na área, entre outros.

Os brasileiros preocupados com beleza, boa forma e qualidade de vida formam um importante filão. Isso faz com o setor de saúde ganhe cada vez mais espaço. As principais tendências de negócios no setor são academias, SPA, clínicas de terapias alternativas, distribuidoras de medicamentos, lojas de produtos naturais, fabricação e venda de acessórios esportivos.